Além de escolher os representantes do Legislativo, a Colômbia também definiu os candidatos das três principais coligações ao pleito presidencial, que ocorre em 29 de maio.
A esquerda colombiana conquistou neste domingo (13) seu melhor desempenho histórico em uma eleição legislativa, segundo resultados parciais.
Com pouco mais de 90% dos votos apurados, a coalizão Pacto Histórico, liderada pelo ex-guerrilheiro Gustavo Petro, obteve 17 das 102 cadeiras no Senado. Os partidos tradicionais, Conservador e Liberal, ganharam 15 cadeiras cada um.
Na Câmara dos Deputados, a aliança conquistou 25 das 165 vagas, empatando com os conservadores. Liberais, entretanto, foram escolhidos para 32 cadeiras.
Até agora, o melhor resultado da esquerda no Congresso bicameral do país era o das eleições em 2006, quando ela alcançou 17 cadeiras em ambas as câmaras com o partido Polo Democrático.
Além de escolher os representantes do Legislativo, a Colômbia também definiu os candidatos das três principais coligações ao pleito presidencial, que ocorre em 29 de maio.
Favorito na corrida presidencial, Petro garantiu a indicação da coalizão Pacto Histórico. Ex-prefeito da capital do país, Bogotá, ele é grande apoiador do acordo de paz do Estado com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), assinado em 2016 pelo então presidente Juan Manuel Santos. Petro foi guerrilheiro do M-19, força que atuava na luta armada e que, por meio de outro tratado, entrou para a política convencional em 1990.
A Centro Esperanza, outra coalizão que elegeu seu candidato, optou por Sergio Fajardo, ex-governador de Antioquia e ex-prefeito de Medellín. O político, ligado à centro-esquerda, é conhecido pelas reformas na cidade e tem 15% das intenções de votos nas pesquisas.
Já na coligação Equipo por Colombia, mais ligada à direita, o nome no pleito presidencial será de Federico Gutiérrez, engenheiro civil que também governou Medellín. Com forte presença nas redes sociais e foco nos eleitores mais jovens, ele soma 10% das intenções de voto.