A historiadora, professora da Rede Municipal de Marataízes e agente cultural Márcia Peixoto integrou a programação oficial da Casa Poéticas Negras na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip 2025), ao lado do Coletivo de Escritoras Negras Flores de Dendê (ES). Carioca de nascença, cachoeirense de criação e maratimba por escolha, Márcia participou da mesa temática “Quem teme a literatura infantil e infantojuvenil negra?”, espaço de escuta, partilha e resistência que reuniu autoras negras da editora Nsoroma (ES) para discutir os desafios e as potências da produção literária voltada à infância negra.

Durante o evento, Márcia também lançou seu novo livro “Ísis e o tambor encantado”, obra infantil que convida as crianças a se conectarem com os saberes ancestrais, a musicalidade afro-brasileira e a valorização de suas raízes. Ao longo dos dias da Flip, a autora recebeu o público leitor, dialogou com outras escritoras e divulgou seu trabalho como educadora comprometida com uma educação antirracista.
Segundo a escritora, “não fomos criadas para estar em espaços literários como protagonistas da nossa escrita, tampouco para sonhar com as possibilidades e potências que temos na literatura.”

A presença de Márcia na Flip reafirma a importância da literatura negra produzida por mulheres para as infâncias, para os territórios e para a transformação da sociedade. Sua atuação articula saberes da sala de aula, da história e da cultura popular, contribuindo para novas narrativas sobre pertencimento, identidade e memória afro-brasileira.
Veja abaixo, a participação de Márcia Peixoto no debate