O plenário da Câmara dos Deputados aprovou por maioria, na noite desta quarta-feira (19) uma medida provisória (MP) apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro que prevê a privatização da Eletrobras (MP 1031/21). Parlamentares do campo da oposição e sindicatos denunciaram atropelo na pauta, que teve aprovação relâmpago, em apenas 23h.
Ao todo, foram 313 votos a favor da proposta, 166 contra e 5 abstenções. O bolsonarismo e o chamado centrão na Câmara votaram em peso pela entrega da estatal ao capital privado e apenas PT, PSB, PDT, PSOL, PCdoB, Novo e Rede orientaram voto contra o texto.
A Eletrobrás é uma das estatais mais bem avaliadas pela população. Diferente de outros países, a privatização de empresas públicas se baseia apenas nas que não tem atuação em áreas estratégicas, como é o caso da Eletrobrás, o governo brasileiro não levou em conta essa posição, abrindo mão de ter uma empresa para regular o setor elétrico. Segundo especialistas ouvidos, nas mãos do setor privado o consumidor será diretamente afetado, adiantando que o aumento da tarifa será inevitável a partir de agora.
Bancada Capixaba
Dos dez deputados capixabas, seis votaram favoráveis à privatização do setor elétrico, aprovando a venda da Eletrobrás, enquanto os outros foram contrários.
Os deputados favoráveis à venda foram Amaro Neto (Republicanos), Da Vitória (Cidadania), Lauriete (PSC), Soraya Manatto (PSL), Evair de Melo (PP) e Neucimar Fraga (PSD).
Contrários à venda e favoráveis a manutenção do patrimônio estratégico do Brasil votaram os deputados Elder Salomão (PT), Ted Conti (PSB), Felipe Rigonni (PSB) e Norma Ayub (DEM).