O deputado federal Felipe Rigoni (União Brasil), que não conseguiu se reeleger para a Câmara dos Deputados, pediu votos para a reeleição do atual governador, Renato Casagrande (PSB), que disputa o segundo turno das eleições contra Carlos Manato (PL).
Em um vídeo postado nesta terça-feira (4) nas redes sociais, o deputado fez duras críticas ao opositor do governador – “Manato teve quatro mandatos na Câmara Federal e não teve entrega significativa para a sociedade. Em 2019, quando comandou a Casa Civil do atual governo, ele foi demitido pelo próprio presidente Bolsonaro que alegou ‘motivo de incompetência no cargo, não apresentando resultados suficientes’.
O deputado foi além nas críticas a Manato. Ele disse que o agora candidato ao Palácio Anchieta foi integrante do grupo Scuderie Le Cocq, grupo esse que era responsável pelo extermínio de pessoas no Espírito Santo durante os anos 90, com mais de 15 mortes atribuídas a este grupo aqui no estado.
Segundo Rigoni, o próprio Manato já confirmou ter participado do Scuderie Le Cocq, numa reportagem que foi exibida na imprensa – “Ele (Manato) está longe de ser um exemplo de político e de cristão, como ele mesmo tanto diz. Nós não podemos voltar para a era do crime organizado, que assombrou o Espírito Santo até os anos 2000. Pessoas morreram, o desemprego estava nas alturas, o Espírito Santo era uma bagunça, com salários atrasados, o Estado inchado e tantos outros problemas”, disparou Rigoni.
Felipe Rigoni chegou a ensaiar uma pré-candidatura ao Governo Estadual, mas desistiu e tentou a reeleição para a Câmara Federal, a qual não conseguiu êxito, apesar da boa votação, atingindo 63.362 votos, pois a chapa de candidatos a deputado federal do partido ficou abaixo do necessário.
Manato responde
Em reportagem desta quarta-feira (5), Manato respondeu as críticas do deputado, dizendo lamentar que Rigoni, que criticava este governo, agora se preste a este papel.
Ele negou ter sido demitido da Casa Civil do governo Bolsonaro e disse que ele mesmo pediu para sair do cargo.
Em relação à Scudeie Le Coqc, Manato admitiu ter feito parte do grupo, mas negou ter participado de qualquer ação relacionada ao crime de extermínio – “Fiz parte da Le Coqc, mas por questões filantrópicas, e nada mais. Não tenho arma e nunca dei um tiro”, disse.