Do crime à prisão: os detalhes do assassinato do CEO por aluno de elite

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Redação

O crime ocorreu enquanto o executivo, de 50 anos, participava da conferência anual de investidores de sua empresa, a maior seguradora privada dos Estados Unidos desde 2021.

Brian Thompson, diretor-executivo da seguradora norte-americana United Healthcare, foi assassinado a tiros na última quarta-feira (4) em frente ao hotel Hilton Midtown, em Manhattan, Nova York. O crime ocorreu enquanto o executivo, de 50 anos, participava da conferência anual de investidores de sua empresa, a maior seguradora privada dos Estados Unidos desde 2021.

O suspeito, Luigi Mangione, de 26 anos, foi detido na segunda-feira (9) em um McDonald’s na Pensilvânia, cinco dias após o ataque. Mangione, pertencente a uma influente família do setor imobiliário de Maryland, estava armado com uma pistola impressa em 3D, que as autoridades acreditam ter sido usada no assassinato.

O crime

O ataque ocorreu por volta das 6h45 (horário local) de quarta-feira. De acordo com a polícia de Nova York, Mangione se aproximou de Thompson e disparou pelo menos dois tiros: um nas costas e outro na perna direita. Após uma falha inicial na arma, o suspeito conseguiu corrigir o problema e continuar os disparos. Ele fugiu em seguida, utilizando uma bicicleta elétrica em direção ao Central Park.

Thompson foi levado ao Hospital Mount Sinai West em estado crítico e foi declarado morto cerca de 30 minutos após o ataque.

Investigação e recompensa

A polícia de Nova York classificou o crime como “premeditado e direcionado”. Uma recompensa de US$ 10 mil foi oferecida por informações sobre o suspeito, posteriormente elevada para US$ 50 mil pelo FBI. Imagens de câmeras de segurança mostraram Mangione fugindo de táxi em direção a um terminal rodoviário, levando as autoridades a considerar que ele havia deixado Nova York.

Captura do suspeito

Na segunda-feira, um funcionário de um McDonald’s na Pensilvânia reconheceu Mangione e alertou a polícia. Ele foi preso enquanto comia no restaurante. Durante a abordagem, os policiais encontraram com ele uma arma 3D e um manifesto manuscrito de três páginas, expressando aversão às corporações norte-americanas.

Motivação do crime

Embora as autoridades ainda não tenham divulgado o motivo oficial, surgiram indícios de que Mangione enfrentava dores crônicas decorrentes de um acidente de surfe. Ele teria passado por uma cirurgia nas costas no início de novembro e buscado tratamentos alternativos, incluindo psicodélicos. Investigadores também descobriram cápsulas de balas gravadas com palavras como “atrasar” e “negar”, termos comumente usados por críticos da indústria de seguros para descrever práticas que dificultam o pagamento de indenizações.

Acusações e extradição

Luigi Mangione foi formalmente acusado de homicídio, porte ilegal de armas e outros crimes em uma audiência na Pensilvânia, onde permaneceu detido sem direito à fiança. Ele será extraditado para Nova York para enfrentar as acusações relacionadas à morte de Thompson.

Ameaças anteriores

Antes de viajar para Nova York, Thompson revelou à esposa, Paulette, que havia recebido ameaças, embora não tenha compartilhado detalhes. “Ele apenas mencionou que algumas pessoas estavam ameaçando-o antes da viagem”, disse Paulette à NBC.

O caso trouxe à tona preocupações sobre segurança corporativa e o impacto de decisões empresariais em setores sensíveis como o de seguros. As investigações continuam, e o julgamento de Mangione pode lançar luz sobre as razões por trás desse crime brutal e planejado.

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