Lailson Firmino continua desaparecido depois que saiu de casa durante o temporal e foi levado por correnteza – Foto: Arquivo Pessoal
Passados mais de vinte dias do forte temporal que caiu sobre a Região Sul do Estado, devastando a cidade de Mimoso do Sul, equipes de resgate ainda fazem buscas na área a procura de desaparecidos.
É o caso do pedreiro Lailson Rogério Firmino, de 52 anos, que morava com a mãe e no dia 23 de março saiu de casa durante o temporal e não mais retornou.
Lailson pode aumentar a lista que até o momento já computa 20 mortos na tragédia que desabrigou mais de 11 mil pessoas na cidade.
De acordo com familiares, ele saiu de casa na madrugada do dia 23, durante o temporal e, conforme depoimentos de vizinhos, ele teria sido arrastado pela correnteza do Rio Muqui.
Desde então, as equipes de resgate, lideradas por homens do Corpo de Bombeiro Militar já vasculharam cerca de 87 km do rio, além de córregos e afluentes na tentativa de encontrar vestígios em escombros trazidos pela enxurrada.
“Seguindo protocolos internacionais e utilizando tecnologias avançadas, as equipes do CBMES exploraram extensivamente o Rio Muqui do Sul, cobrindo cerca de 39 km até o Rio Itabapoana e mais 48 km até a foz no mar em Presidente Kennedy”, informou a corporação por meio de nota.
Segundo a Defesa Civil estadual, Lailson é o único desaparecido em decorrência do forte temporal que atingiu o Sul do Espírito Santo. A outra pessoa que constava como desaparecida na cidade de Apiacá não está mais na lista porque teria desaparecido depois do período da chuva.
O governo federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), no dia 25 de março, dois dias após a enchente, enviou uma equipe para acompanhar os trabalhos e prestar apoio a municípios do Sul do Espírito Santo atingidos.
As resposta do governo do estado também foram imediatas. No dia seguinte a tragédia, o governador Renato Casagrande, em visita à cidade de Mimoso do Sul, anunciou a disponibilização do Cartão Reconstrução no valor de R$ 3,5 mil, que poderá ser usado na aquisição de móveis, eletrodomésticos, roupas, alimentos, material de construção ou qualquer item que a família entenda como prioritário.
No mesmo dia, Casagrande, entregou ao Governo Federal o relatório inicial com as demandas de infraestrutura urbana, rural e rodoviária, além de habitação, com custo estimado em R$ 743 milhões. De acordo com o documento, será necessária a construção de 560 novas unidades habitacionais, além da reparação de quase 1,7 mil residências, com investimento previsto de R$ 275,3 milhões.