Quem era a paciente “Clarinha”, que ficou por 24 anos internada em hospitais de Vitória?
A história desta paciente, que morreu na última quinta-feira (14), ainda é um enigma a ser desvendado pelas autoridades.
O nome dado à paciente, foi uma forma carinhosa de identifica-la, pois desde o dia 12 de junho de 2000, quando deu entrada no hospital depois de ter sido atropelada no Centro de Vitória, nenhum documento foi encontrado com ela e nem mesmo nenhum parente ou conhecido se apresentou durante este período.
Clarinha passou os últimos 24 anos sob os cuidados do Hospital da Polícia Militar, tendo sido acompanhada pelo médico tenente-coronel Jorge Potratz, que foi também o responsável por dar conhecimento público do caso, em 2016, na esperança que com a divulgação pudesse aparecer parentes ou amigos para reconhece-la.
A divulgação foi feita através de uma reportagem exibida no programa Fantástico, da Rede Globo e a repercussão foi imediata, levando cerca de 100 famílias, que buscavam por parentes desaparecidos, a procurarem o Ministério Público. Desse total, 22 famílias chamaram mais atenção das autoridades, que providenciaram exames de DNA e comparações de digitais, mas ao final, nenhum se comprovou compatível.
De acordo com o médico que a acompanhou durante os últimos 24 anos, ‘Clarinha’ poderia ter entre 47 a 50 anos – “Quando chegou aqui, ainda era muito jovem. Uma cicatriz de cesariana indicava que ela, em algum momento, teve um filho, que pode estar vivo”, disse o médico.
‘Clarinha’ veio a óbito na última quinta-feira (14), após passar por uma broncoaspiração.