Parlamentar vai se reunir nesta terça (19) com a população da Região Sul no clube Jaraguá, em Cachoeiro de Itapemirim, às 19h30.
Apesar do encerramento do ano legislativo, o deputado estadual Wellington Callegari continua em plena atividade. Na semana passada foi visto nas ruas de Cachoeiro entregando panfletos que resumiam sua atuação na Assembleia Legislativa e convidando às pessoas para sua prestação de contas que acontecerá amanhã (19), no clube Jaraguá em Cachoeiro de Itapemirim.
“Político não pode ter medo das ruas e muito menos da população. É obrigação da classe política dar luz aos seus atos e buscar o diálogo com o público em geral. Eu sou de rua e gosto de ouvir quem me elegeu”, destacou Callegari.
O deputado também pontuou sua atuação, leitura política do legislativo e falou das suas perspectivas. Confira:
- Deputado, no geral, como foi o seu primeiro ano de mandato?
Resposta: Apesar da inexperiência, foi muito melhor do que podia imaginar. Consegui me adaptar rapidamente ao ambiente parlamentar e com a ajuda de Deus e muito esforço, procurei colocar em ação todos os meus compromissos. Ou seja, tudo aquilo que me comprometi ao longo dos anos que precederam a minha eleição, eu procurei dar início nesse primeiro momento. Foi um primeiro ano bem sucedido, focado e centralizado em metas. Acredito que podemos avaliar positivamente.
- Vimos que o senhor fez um trabalho propositivo na Assembleia. Quais ações destacaria no ano de 2023?
Resposta: Bom, eu gostaria de destacar algumas ações que considero propositivas. A primeira foi na área de segurança do trânsito, com a aprovação do Projeto de Lei 95/2023, que prevê a instalação de placas nas vias urbanas e rodovias para diferenciar as câmeras do cerco eletrônico dos radares, uma demanda urgente das empresas de transportes e da própria população em geral. Foi uma proposta importante e aprovada pela Assembleia. Foi vetada pelo governador e depois conseguimos derrubar o veto, um momento de autonomia do parlamento. Essa ação vai trazer uma grande segurança para os nossos rodoviários e demais usuários das vias terrestres. Agora vamos lutar para sua correta implementação.
Nossa segunda ação, que também merece destaque, é o Projeto de Lei 118/23, que visa a humanização do parto e o fim da violência obstétrica contra as mulheres. Conseguimos avançar em duas importantes comissões da Assembleia, que foi a de justiça e de direitos humanos. Estamos promovendo audiências públicas em todo o Estado para aprimorar nossa proposta e garantir às gestantes o direito de escolha na hora da vida. As mulheres decidirão qual a melhor modalidade na hora do parto.
Nossa terceira iniciativa foi a dos agentes penais (PEC 02/2023) contratados em designação temporária. Embora a nossa proposta de emenda constitucional que visava efetivá-los, tenha sido arquivada, a luta para que os direitos dos 1.600 servidores seja resguardada não acabou. Recentemente, criamos a Frente Parlamentar para a proteção da categoria. Ano que vem vamos continuar o debate e ver qual caminho será o mais viável. Não vou deixa-los a margem e vou até o final. Essa luta é nossa.
Nossa quarta ação é a luta contra o TAG da municipalização das escolas públicas, de ensino fundamental ( PL 855/2023). Essa também foi muito importante, porque obrigou o governo a recuar e repensar nesse modelo terrível para os municípios. Sou professor e defendo toda medida positiva para área da educação, desde que a comunidade escolar seja consultada e respeitada. Foi o que eu sistematizei na minha proposta.
- Sua postura estratégica no parlamento é bem visível, como funciona a oposição consciente ao governador do Estado?
Resposta: Concentro todo o meu esforço na oposição ao executivo. Porém, é uma oposição consciente e programática, não faço pirraça. Por isso, naquilo que o executivo colide frontalmente com às pautas conservadoras, nós batemos de frente ou bato de frente, procurando manter sempre um relacionamento cordial, de equilíbrio e harmônico com os colegas do legislativo, sejam eles do meu partido ou da base governista, a grande maioria da Assembleia. Lembrando que eu também preciso da maioria, caso contrário, nós não aprovamos nada. É fundamental ter e manter um relacionamento de equilíbrio, superar as dificuldades e os conflitos.
Minhas baterias estão concentradas contra as proposições do governador contrárias aos nossos valores conservadores, procurando manter o nível do debate e o tom respeitoso na Assembleia. Debates acalorados e discordâncias sempre vão existir, faz parte da essência do parlamento e da verdadeira democracia.
- Outra postura que chamou bastante atenção é o seu discurso da consolidação da autonomia do Poder Legislativo, dá para dizer que temos um parlamento diferente?
Resposta: O legislativo capixaba já teve momentos de grande força e de independência, frente ao executivo, outros nem tanto. Eu diria que hoje nós temos um legislativo diferente, sim. Embora o atual presidente Marcelo Santos seja da base do governo e aliado do executivo, ele consegue manter o equilíbrio e o diálogo entre a base governista e a oposição, entre as forças de direita e de esquerda. Eu diria que nunca antes na história do Espírito Santo, tivemos uma base, uma bancada de direita conservadora tão grande e tão atuante como agora. Podemos dizer que temos hoje aproximadamente seis deputados que são bem atuantes na defesa dos ideais conservadores e ainda mais uns quatro que costumam aderir a essas pautas. Então, isso é algo inédito na história da Assembleia e do Poder Legislativo do Estado do Espírito Santo.
- Ano que vem tem eleições nos municípios e o senhor tem se movimentado bastante em Cachoeiro de Itapemirim e outros municípios. O senhor é pré-candidato a prefeito?
Resposta: Juntamente com Vargem Alta, Cachoeiro é a minha base eleitoral, onde tenho grandes amigos e apoiadores. Sobre ser pré-candidato a prefeito, a princípio, não. Sou aliado e parceiro de todos os pré-candidatos conservadores capixabas, em especial de alguns municípios chaves, tanto no sul como no norte do Estado. Estes precisam de apoio para levar adiante os princípios conservadores para dentro da administração pública. Os municípios de Cachoeiro, Vargem Alta, Marataízes, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, Muqui e outros são importantes para nossa movimentação política e receberão total atenção da nossa parte. Vamos andar bastante e conversar com as lideranças. A disputa vai ser boa.
- O que o Espírito Santo pode esperar do deputado Wellington Callegari em 2024?
Resposta: A população do Espírito Santo pode esperar um mandato extremamente atuante, especialmente na área da saúde. Vamos lutar para aprovar o Projeto de humanização do parto. Na área da segurança vamos retomar a luta em defesa dos Inspetores Penais contratados em designação temporária. O Estado não pode usar, o termo é usar mesmo, o trabalhador por 10, 15 ou 20 anos e simplesmente, do dia pra noite descartá-lo. É questão de justiça, unicamente de justiça. Também vou lutar pela boa execução da lei que diferencia os radares das câmeras de vídeo monitoramento. A lei já está em vigor e vamos cobrar do executivo a correta implementação. Por fim, e não menos importante, a batalha contra a municipalização das escolas entra numa fase aguda em 2024 e precisamos fomentar o debate e corrigir esse modelo abrupto e impositivo de discutir os rumos da educação capixaba.
- 0 senhor poderia deixar uma palavra para quem acompanha seu mandato?
Resposta: Gratidão é a palavra que eu deixo para quem acompanha o meu mandato. Não gosto de prometer absolutamente nada, mas o meu compromisso com o cidadão e com a sociedade é total. Deixo uma palavra de esperança a todos, porque a política ainda é o caminho para construção de um mundo melhor e justo. Deixo meu abraço e o meu mandato a disposição de todo aquele que acredita em Deus, Pátria, Família e Liberdade.
Callegari finaliza convidando a todos para sua prestação de contas: “Você que mora no Sul do Estado é meu convidado especial. Amanhã (terça-feira) às 19h30, no clube Jaraguá em Cachoeiro de Itapemirim, vou prestar contas do meu mandato. É uma honra para mim debater o meu primeiro ano de mandato com a população, com quem me elegeu e acompanhou minhas ações” concluiu.