O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar nesta sexta-feira o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, pela operação da Polícia Federal contra empresários e disse que seu segundo filho, o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, é constantemente ameaçado de prisão.
"O que é que faltou para prender esses oito empresários agora? Nada!", disse o presidente durante entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan. A operação da PF mirou empresários que pregavam, em um grupo de WhatsApp, um golpe de Estado em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro.
"Daqui a pouco prendem um filho meu por fake news, como o Carlos o tempo todo é visado", acrescentou Bolsonaro.
O presidente, que busca a reeleição e está atualmente em segundo lugar nas pesquisas atrás de Lula, também disse ao programa que um dos critérios para nomear pessoas para cargos importantes, como uma vaga no STF é "tomar tubaína" com ele. Afirmou ainda que se o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro não tivesse rompido com ele, hoje poderia ser seu candidato a vice –o candidato a vice é o general da reserva Walter Braga Netto.
Bolsonaro concordou com uma avaliação de que o mecanismo da reeleição é algo "complicado" para o país, mas justificou a tentativa de ser reconduzido ao cargo argumentando que não há no Brasil outra pessoa com o perfil igual ao dele para ocupar a Presidência.