Aluna é chamada de macaca em Vargem Alta. Polícia e MP abrem investigação

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Adolescente, que pediu para não ser identificada, disse ter sofrido injúria racial por parte dos colegas de turma. - Foto: Reprodução/TV Gazeta

Adolescente, que pediu para não ser identificada, disse ter sofrido injúria racial por parte dos colegas de turma. — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Uma denúncia de injúria racial contra uma aluna de 15 anos de uma escola estadual em Vargem Alta, começou a ser apurada pela Polícia Civil.

De acordo com familiares da adolescente, os ataques são proferidos por outros alunos do mesmo educandário. Segundo informaram, as ofensas começaram a acontecer no último mês de março, sendo que dentro da sala de aula, alguns colegas se recusam a sentar perto da menina.

A jovem, em depoimento à polícia, disse que os colegas não a chamavam para fazer trabalho em conjunto e falavam – “Aquela neguinha, aquela macaca, não deveria estar estudando ali”

Após a ida da aluna até a diretoria para falar sobre os ataques, os envolvidos chegaram a ser suspensos da instituição, mas voltaram depois de dois meses.

Depois da volta deles, os pais da jovem contaram que ela não consegue mais voltar às aulas.

A mãe da adolescente disse que "É muito revoltante ver sua filha chorando, querendo ir para a escola e não conseguir ir. Ela emagreceu, perdeu muito peso. É muito triste".

Segundo a Secretaria Estadual de Educação (Sedu), o estado registrou um aumento de casos de racismo em escolas. Em todo o ano de 2022 foram apenas quatro denúncias. Este ano, de janeiro até junho já foram dez.

Além da Polícia, os pais contaram que foram atrás de vários órgãos, como Conselho Tutelar, que encaminhou o caso para o Ministério Público, que se manifestou por meio da Promotoria de Justiça de Infância e Juventude de Vargem Alta. Ela lamentou o ocorrido com a aluna e familiares dela e disse que acompanha o caso desde o início, tendo instaurado procedimento para apurar as responsabilidades e adotar todas medidas que se fizerem necessárias e previstas em lei.

A Secretaria Estadual de Educação (Sedu) disse que a Superintendência Regional de Educação de Cachoeiro, que faz a gestão das escolas da região, acionou as famílias para dialogar, bem como orientou os alunos quanto à conduta.

A secretaria também reforçou que implementou o Programa de Enfrentamento ao Racismo nas escolas da rede pública estadual do Espírito Santo e a constituição de práticas pedagógicas antirracistas como material de apoio pedagógico voltado à Educação das Relações Étnico-Raciais nos espaços escolares e disponibilizado para apoiar a rede escolar.

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