Com DiaaDia
Conduzido por policiais, acusado de matar Roseli encobre o rosto. Foto: Alessandro de Paula
Depois que o nome do homem acusado de matar Roseli Valiati, Alexandre Vaz Nunes, foi revelado, outras mulheres, todas acima dos 45 anos e com boa situação financeira, assumiram ter mantido contato com ele pelas redes sociais, num perfil em que ele usava o nome de Fernando Scherrer.
Todas são unânimes em dizer que em nenhum momento desconfiaram de que ele fosse capaz de matar, tamanha a gentileza com que se apresentava. A palavra que todas usaram para descrevê-lo foi um “perfeito cavalheiro”.
Uma dessas mulheres, bonita e com situação financeira estável, aceitou falar na condição de não ser identificada. Conta de um homem que parecia gentil, sedutor e agradável, e marcou com ela num local público, o que a fez acreditar nas boas intenções e de que era um homem desimpedido.
“Que homem que tem outra mulher convida você para um local público? Certamente teria um relacionamento com ele simplesmente pela delicadeza com que fui tratada. Aquele homem parecia perfeito”, destaca.
Ela diz que se encontraram recentemente e já saíram de lá com o compromisso de um novo encontro. “Ele não passou dos limites comigo, foi um encontro muito agradável. Estou muito assustada com o que poderia ter acontecido comigo”, relata.
As outras mulheres que deram entrevista, mas não autorizaram a publicação, dizem que escondem o fato dos encontros virtuais a partir dos sites de relacionamento ou das redes sociais da família e dos amigos por vergonha e medo do julgamento das pessoas, que às vezes são impiedosas.
“Não é fácil admitir que fomos enganadas. É muito doloroso”, disseram todas, com palavras diferentes, mas exatamente com esse sentido. “Estou me sentindo uma perfeita idiota por achar que príncipe encantado existia e eu o tinha encontrado”, lamenta uma delas.