Equador se prepara para referendo sobre presença de bases militares estrangeiras

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Presidente do Equador, Daniel Noboa (Foto: Reuters)

O Equador vai às urnas neste domingo (16) para decidir se permitirá a instalação de bases militares estrangeiras em seu território — medida que reacende o debate sobre soberania nacional e aproximação de Quito com Washington, em meio a uma onda de violência sem precedentes.

Convocado pelo presidente Daniel Noboa, o referendo inclui quatro perguntas, de acordo com o Swissinfo. Entre as perguntas, estão a autorização para o retorno das bases, proibidas desde 2008, durante o governo do ex-presidente Rafael Correa, e a proposta de uma nova Constituição, que reduziria o número de congressistas e extinguiria o financiamento público dos partidos políticos.

O governo justifica a iniciativa como parte de uma estratégia de combate ao narcotráfico e à criminalidade transnacional. “É necessária a cooperação de outros países porque a criminalidade é transnacional”, afirmou Noboa após visita com autoridades dos Estados Unidos a potenciais locais para instalação de bases — como a antiga base de Manta, usada por militares norte-americanos entre 1999 e 2009.

Risco à soberania

Nas ruas, no entanto, o clima é de mobilização. Centenas de ativistas têm se reunido em Quito e outras cidades com bandeiras do “Não”, alertando para o que chamam de ameaça à soberania nacional e “submissão geopolítica” ao governo norte-americano.

Pesquisas recentes do instituto Cedatos apontam que 61% dos eleitores pretendem votar “sim” no referendo, mas analistas alertam para o caráter plebiscitário da consulta, que medirá o grau de apoio popular ao presidente Noboa — no cargo desde novembro de 2023 e com 56% de aprovação.

Nova Constituição e alinhamento internacional

Além da questão militar, o referendo abrirá caminho para que o presidente promova uma nova Carta Magna, com cerca de 180 artigos — menos da metade da atual, em vigor desde 2008. Noboa argumenta que a Constituição atual é “garantista para os criminosos” e defende um texto que “alimente o progresso e fomente a justiça”.

Críticos afirmam que a proposta é vazia e concentradora de poder. Essas mudanças “parecem boas” no discurso, mas “não quer dizer que seja o que convém ao país”, avalia o cientista político Santiago Basabe, da Universidade San Francisco de Quito.

Especialistas também veem o referendo como parte de uma reaproximação direta com os Estados Unidos, que têm ampliado operações militares no Pacífico e no Caribe, gerando atritos com Brasil, Colômbia, México e Venezuela.

*Com informação do Swissinfo e RT Latinoamérica.

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