Na última semana, o prefeito de Itapemirim, Antônio Rocha, anunciou o nome para ser seu vice-prefeito, na tentativa de se reeleger ao comando do Executivo Municipal.
Trata-se do policial militar e empresário, Ernane Silva.
Depois do anúncio, observadores da política local comentaram a escolha. Para esses, a escolha do prefeito poderá até trazer uma melhora no desempenho na corrida eleitoral, que até então considerada ‘acanhada’. Porém, ainda segundo essas avaliações, caso essa melhora venha de fato, em princípio só será notada de forma pontual no já bastante dividido eleitorado do Distrito de Itaipava (Itaipava, Itaoca, Joacima e Gomes), origem do escolhido – “Não creio que só por esse movimento a campanha do atual prefeito deslanche. O município é grande e em outras comunidades talvez não tenha o efeito esperado. O certo é aguardar os primeiros dias pós anúncio para podermos ter uma avaliação mais exata da evolução”, disse um atento observador.
Dr. Antônio, que assumiu o mandato após as eleições suplementares de junho de 2022, teve um início de gestão bastante complicada, herdando o descontrole das contas públicas de administrações anteriores.
Mesmo sem expor para a população a situação encontrada, sua equipe começou a trabalhar na tentativa de equilibrar as finanças municipais até que, no início do mês de outubro de 2023 começou a experimentar dias de bonança, com aproximação da gestão com a população, a quem ensaiou dar voz e com isso atendendo as reivindicações sugeridas.
Este ‘namoro’ se seguiu até o final da temporada do último verão. Depois disso, erros de percurso começaram a se repetir de forma recorrente. Denúncias de má gestão, perseguições e até mesmo a quebra de acordos passaram a rondar o entorno da administração Antônio Rocha, que entrou em declínio vertiginoso na avaliação popular, já em clima de eleições.
Resta agora à Dr. Antônio, já com a definição do vice, arregaçar as mangas e tentar mudar, usando todas as armas advindas da máquina, o quadro instalado, como a única forma de buscar reconquistar o eleitor perdido.