Corte Internacional de Justiça ainda não ordenou um cessar-fogo imediato em Gaza
Cuba decidiu se juntar ao caso da África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ) contra o alegado genocídio cometido por Israel na Faixa de Gaza, disse o Ministério das Relações Exteriores cubano nesta sexta-feira (21).
“De acordo com um compromisso firme e permanente de apoiar e participar ao máximo dos esforços internacionais legítimos para deter o genocídio contra o povo palestino, o governo da República de Cuba decidiu participar do processo da República da África do Sul contra o Estado de Israel no Tribunal Internacional de Justiça”, disse o ministério em um comunicado.
Em 29 de dezembro de 2023, a África do Sul entrou com uma ação na CIJ contra Israel por alegado genocídio na Faixa de Gaza. Em 26 de janeiro, a CIJ decidiu medidas provisórias ordenando que Israel adotasse políticas urgentes para prevenir atos de genocídio e garantir o fluxo de ajuda humanitária para o enclave. Ao mesmo tempo, a CIJ não ordenou um cessar-fogo imediato em Gaza. No início de março, a nação africana voltou à CIJ para pedir medidas provisórias adicionais contra Israel que abordassem a fome generalizada entre os palestinos na Faixa de Gaza sitiada.
Em 7 de outubro de 2023, o movimento palestino Hamas lançou um ataque maciço de foguetes contra Israel e violou a fronteira, atacando bairros civis e bases militares. Quase 1.200 pessoas em Israel foram mortas e cerca de 240 outras sequestradas durante o ataque. Israel lançou ataques de retaliação, ordenou um bloqueio completo de Gaza e iniciou uma incursão terrestre no enclave palestino com o objetivo declarado de eliminar o Hamas e resgatar os reféns. Mais de 37.300 pessoas foram mortas e mais de 85.300 outras ficaram feridas nas operações militares de Israel na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, segundo as autoridades locais.