Depois do início da confusão no interior da Prefeitura, os dois desceram e continuaram a discussão em frente ao prédio da PMI
Uma grande confusão agitou a tarde desta quinta-feira em Itapemirim, mais precisamente dentro da sede da Prefeitura da cidade, envolvendo o servidor do município, Cleverson Maia, que também é vereador por Marataízes, e o radialista Charles Barbosa.
A cena, que por pouco não entrou em ‘vias de fato’ foi logo parar nas redes sociais, se tornando o assunto mais comentado na cidade.
O motivo do entrevero seria, segundo os envolvidos, a questão em torno das vagas para estudantes estagiários, abertas pela Prefeitura de Itapemirim.
De acordo com Charles Barbosa, Cleverson Maia estaria exercendo tráfico de influência para captar vagas disponíveis com intuito de fazer política.
No acalorado bate-boca, não faltaram acusações de ambas as partes.
Cleverson, em um vídeo postado logo após a confusão, disse que foi assediado pelo radialista.
Segundo falou, Charles estaria descontrolado por conta de uma investigação que está sendo feita onde ele é apontado como recebedor de mais de R$ 1 milhão anualmente da prefeitura em verbas publicitárias direcionadas para sua empresa.
“Eu estava sim, buscando interceder por vagas de estágios para estudantes, o que não tem nada de ilegal. Nada a ver com tráfico de influência. O radialista tentou me intimidar…não adianta. Vou continuar investigando e posso provar o que estou afirmando que ele tira sim essa quantia dos cofres da prefeitura, dinheiro do seu imposto, para seu bolso”.
Maia também registrou um boletim de ocorrência contra o radialista na Delegacia de Polícia de Itapemirim.
Charles, por sua vez, disse que mantém o que disse, reafirmando que o servidor, na condição de vereador por Marataízes, estaria usando de seu cargo para pressionar a Prefeitura de Itapemirim a ceder vagas de estágio, o que configura tráfico de influência. Chales também disse que o vereador terá que provar que ele arrecadou mais de R$ 1 milhão em verba publicitária da prefeitura.
O radialista também postou na rede social da Rádio prints de uma conversa entre o vereador e uma servidora de Itapemirim encarregada das inscrições dos pretendentes ao estágio oferecido, onde teria inclusive usado o nome do prefeito para facilitar a cessão das referidas vagas – “Não sei porque o vereador ficou tão nervoso. Em momento algum eu me alterei com ele. Apenas, como repórter, quis que ele respondesse minhas colocações e ele ficou nervoso.
Cleverson Maia registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Itapemirim, onde deu sua versão para os fatos
Ao ser questionado sobre esta posição do radialista, o vereador voltou a afirmar que nada fez de ilegal – “Vi agora os prints que ele postou da minha conversa com a menina do setor de inscrições. Não há nada lá que indique que eu cometi algo ilegal. Fiz perguntas de como proceder para inscrever estudantes e a servidora me passou os documentos exigidos para os interessados e até as resoluções da Câmara de Vereadores de Itapemirim sobre o tema. Agora, como ele tornou público esta conversa particular? Volto a dizer que estou tranquilo, com a certeza de que não cometi nenhuma ilegalidade, ao passo que ele agora tem um encontro comigo e com a Justiça, que será onde ele terá que explicar o que eu disse e afirmo”, finalizou Cleverson Maia.
Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura de Itapemirim ainda não havia se manifestado sobre o ocorrido. O espaço continua a disposição.