Operação Virtude alcança mais de 23 mil idosos no Espírito Santo

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Redação

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), por meio da Gerência de Operações Integradas (Geopi), coordenou, em âmbito estadual, a Operação Virtude, deflagrada em todo o país pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. No Espírito Santo, as ações foram realizadas de forma integrada entre Polícias Civil e Militar e alcançaram um público total de 23.302 pessoas, em 34 municípios do Estado.

As ações itinerantes ocorreram entre os dias 02 e 31 de outubro. O objetivo da Operação Virtude foi combater todos os tipos de violência contra a pessoa idosa previstos no Estatuto do Pessoa idosa, como também aqueles constantes na própria legislação penal. Para tanto, as corporações envolvidas concentraram esforços para o desenvolvimento de ações policiais preventivas e repressivas. Os resultados foram apresentados nesta sexta-feira (10), em coletiva de imprensa, na sede da Sesp, em Vitória.

“O Estado do Espírito Santo aderiu à operação junto com mais 26 estados e o principal êxito dessa operação foi o número de pessoas alcançadas. Foram mais de 23 mil idosos que receberam informações sobre seus próprios direitos. O público alcançado no Espírito Santo representa cerca de 11% do total nacional, o que demonstra o sucesso da integração entre nossas forças policiais”, afirmou o gerente de Operações Integradas da Sesp, coronel Sebastião Biato.

No Espírito Santo, as equipes se concentraram em ações preventivas, realizando palestras em instituições de atendimento à Pessoa Idosa e abordagens em vias públicas e estabelecimentos comerciais. O trabalho também contou com integração e participação das equipes da Secretarias de Assistência Social – por meio dos CREA’S e CRA’S – , e  de Saúde dos municípios.

Ainda no âmbito da Operação Virtude, os policiais apuraram 155 denúncias oriundas dos canais Disque-Denúncia 181 e Disque 100. Além disso, 224 Boletins de ocorrência foram registrados e cinco pessoas foram presas. As prisões ocorreram em cidades do interior do Estado e, em todos os casos, os autores de violência eram familiares das vítimas.

“A grande parte desses crimes é praticada por pessoas da família, que deveriam estar dando cuidado, carinho e proteção às vítimas. Em razão dessa proximidade, os números podem ser subnotificados, pois existe dificuldade dessa pessoa idosa denunciar, romper o silêncio e, por vezes, até mesmo entender que está sendo vítima de um crime, por isso operações como esta são extremamente importantes”, disse a coordenadora da Polícia Civil das Operações Nacionais de Grupos Vulneráveis, delegada Cláudia Dematté.

A titular da Delegacia Especializada de Proteção à Pessoa Idosa, delegada Milena Gireli, explicou que a orientação é necessária para prevenir a violência. “Quando a gente fala de violência, a gente pensa em violência física, mas a verdade é antes disso já aconteceu muita coisa. A gente vê xingamentos, ameaças… O maior número de ocorrências na Grande Vitória são maus-tratos, ameaças, abusos financeiros e, por último, violência física. É muito importante a gente ensinar a esse público vulnerável que tudo isso é violência”, declarou.

O coordenador da Polícia Militar das Operações Nacionais de Grupos de Vulneráveis, major Coutinho, explicou que parentes e vizinhos podem ajudar a prevenir a violência contra pessoas idosas. “Esse tipo de crime acontece no interior da residência e a gente pode ver isso durante a apuração de denúncias. Houve oportunidades em que recebemos denúncias bem detalhadas, com endereço, nome, descrição do fato, mas, ao chegar ao local, a vítima alega que não é tão grave quanto denunciado. Por isso, é tão importante a conscientização sobre os direitos da pessoa idosa e reforçar que, independentemente da tipificação do crime, os canais 181 e Disque 100 são os caminhos mais curtos para a polícia chegar até esses crimes”, frizou.

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