Lula, Andrew Forrest, Elmano de Freitas e autoridades (Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR)
presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu nesta quinta-feira (9/11), o investidor australiano Andrew Forrest. Presidente da Fortescue, ele está fazendo um investimento de 5 bilhões de dólares em um projeto voltado para hidrogênio verde no Porto de Pecém, no Ceará.
“Quero ser um pioneiro da indústria verde no Brasil”, afirmou Forrest, na reunião no Palácio do Planalto que também contou com as presenças do ministro Rui Costa (Casa Civil) e do governador do Ceará, Elmano Freitas.
O projeto tem potencial para produzir 837 toneladas de hidrogênio verde por dia, com o uso de 2.100 MW de energia renovável. A iniciativa tem potencial de gerar cerca de cinco mil empregos na fase de construção. Forrest tem investido em outras quatro plantas de hidrogênio em outras regiões do planeta.
Entenda o que é o hidrogênio verde – O hidrogênio verde refere-se a uma forma específica de produção de hidrogênio, um elemento químico abundante, que pode ser utilizado como uma fonte de energia limpa. A produção de hidrogênio verde envolve a utilização de eletricidade renovável, geralmente proveniente de fontes como a solar, eólica ou hidrelétrica, para realizar um processo chamado eletrólise da água.
Durante a eletrólise da água, a energia elétrica é utilizada para separar as moléculas de água (H2O) em oxigênio (O2) e hidrogênio (H2). O hidrogênio resultante é considerado “verde” porque a eletricidade utilizada no processo é proveniente de fontes renováveis, tornando todo o ciclo de produção livre de emissões de carbono.
O hidrogênio verde tem ganhado destaque como uma alternativa promissora para impulsionar a transição para uma economia de baixo carbono. Pode ser utilizado como uma fonte de energia limpa em setores como transporte, indústria e geração de eletricidade, contribuindo para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de gases de efeito estufa.
Apesar de suas vantagens ambientais, a produção de hidrogênio verde ainda enfrenta desafios, incluindo custos associados à eletrólise e a necessidade de infraestrutura para armazenamento e distribuição. Contudo, o interesse crescente em soluções de energia sustentável tem impulsionado o desenvolvimento e a pesquisa na área, visando tornar o hidrogênio verde uma parte significativa da matriz energética global.