Suspensão da inclusão do litoral capixaba nas áreas atingidas pelo rompimento de barragem é questionado pelo Governo do Estado

Por

Redação

O Governo do Estado do Espírito Santo vai recorrer da decisão da Justiça Federal que suspende a inclusão do litoral capixaba nas áreas atingidas pelos rejeitos de mineração lançados no Rio Doce após rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). A medida judicial também determina a realização de nova perícia para comprovar o impacto.

O subsecretário de Estado da Casa Civil e coordenador executivo do Comitê Pró-Rio Doce, Ricardo Iannotti da Rocha, afirma que o Estado vê com muita preocupação a decisão da Justiça, uma vez que o impacto ambiental está comprovado por meio de inúmeras evidências, incluindo laudo do Ministério da Saúde confirmando a contaminação do pescado por metais pesados, o que levou à proibição da pesca por parte da Justiça. O impacto é reconhecido, inclusive por entidades internacionais.

Ricardo Iannotti acrescenta que as medidas judiciais serão adotadas de forma conjunta pelo Estado do Espírito Santo, Ministério Público do Estado do Espírito Santo, Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo e Defensoria Pública da União no Espírito Santo para reverter a decisão, reforçando o compromisso dessas instituições com as pessoas atingidas e o anseio por uma justa reparação aos imensos danos sofridos pelo Estado do Espírito Santo.

Nessa terça-feira (31), essas instituições se reuniram para definir a estratégia de atuação frente à decisão da Justiça Federal da 6ª Região (TRF6), tomada a pouco mais de um mês da assinatura do acordo de reparação de danos – Tratado de Mariana –, prevista para o dia 5 de dezembro.

O procurador-geral do Estado, Jasson Hibner Amaral, espera que, até a data de assinatura do acordo, a decisão seja reformada pelo colegiado do TRF6, reforçando que existem nos autos do processo inúmeras provas inquestionáveis de que o litoral do Espírito Santo foi atingido. Amaral destaca que Espírito Santo não cogita assinar um acordo que não garanta da proteção do Estado e da população capixaba atingida quanto aos danos ambiental e socioeconômico.

O caso

O rompimento da barragem de Fundão, situada no Complexo Industrial de Germano, em Mariana (MG), aconteceu em 5 de novembro de 2015. Além do desastre ambiental considerado o maior do mundo, a tragédia vitimou 19 pessoas.

O empreendimento, sob a gestão da Samarco, estava localizado na Bacia do rio Gualaxo do Norte, afluente do rio do Carmo, que é afluente do rio Doce. Após percorrer o rio do Carmo, a onda de rejeitos alcançou o rio Doce, deslocando-se pelo seu leito até desaguar no Oceano Atlântico, no distrito de Regência, em Linhares.

Confira mais Notícias

Meio Ambiente

Estado

Iema implementa programa para manejo de espécies exóticas invasoras em Unidades de Conservação

Meio Ambiente

Anchieta

Anchieta assina convênio com ARSP para avanço na gestão de Limpeza Urbana e Resíduos Sólidos

Meio Ambiente

MIMOSO DO SUL

Monumento Natural Serra das Torres é tema em 1º Seminário Regional de Ecoturismo

Meio Ambiente

Estado

Estado lança edital com foco na recuperação e ampliação da cobertura florestal do Espírito Santo

Meio Ambiente

Brasil

Dia Mundial da Água

Meio Ambiente

Guarapari

Escolas de Guarapari vão receber novas árvores no Projeto Plantio nas Escolas

Meio Ambiente

Cachoeiro de Itapemirim

Prefeitura de Cachoeiro faz campanha de coleta de lixo eletrônico

Meio Ambiente

Piúma

Primeira Caminhada Litorânea do Ághá ao Gambá reúne 350 participantes em Piúma

plugins premium WordPress