No acumulado deste ano, o valor da comercialização exterior do agronegócio capixaba alcançou a marca de US$ 1,4 bilhão de dólares, um valor 14,8% superior ao mesmo período do ano passado. O volume de exportação também aumentou em 3,1%, no total, mais de 1,8 milhão de toneladas de produtos capixabas foram embarcadas para o exterior.
As maiores variações positivas no valor comercializado foram para gengibre (+124,3%), café cru em grãos (+38,1%), café solúvel (+20,6%), álcool etílico (+21%), carne bovina (+10,6%), celulose (+6,1%) e chocolates e preparados com cacau (+5,6%), que compensaram a queda da carne de frango (-48,3%), peixes (-36,1%), mamão (-19%) e pimenta-do-reino (-15,5%). Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba (complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino) representaram mais de 92,5% do valor total comercializado de janeiro a setembro deste ano.
O crescimento do volume comercializado foi devido às variações positivas no café cru em grãos (+74,1%), gengibre (+16,2%), carne bovina (+11,7%), álcool etílico (+8,1%), pimenta-do-reino (+7,3%) e chocolates e preparados com cacau (+4,1%), que compensaram a queda da quantidade exportada de carne de frango (-54,2%), peixes (-33,1%), mamão (-32,3%) e celulose
(-1,2%).
No comportamento dos preços médios internacionais, houve queda para o café cru em grãos (-20,7%), pimenta-do-reino (-21,2%) e de peixes (-4,5%), e alta de preços para gengibre (+83,5%), mamão (+21,2%), celulose (+7,3%), carne de frango (+19%) e carne bovina (+2,1%). A variação de volumes e preços se refere à comparação dos dados acumulados de janeiro a setembro de 2023/2022.
“A comercialização internacional do agronegócio capixaba de janeiro a setembro cresceu como esperado, mantendo o otimismo para alcançarmos um montante de cerca de US$ 2 bilhões para 2023, tendo em vista que esperamos um crescimento ainda maior entre os meses de outubro e dezembro para vários produtos da nossa pauta de produtos comercializados em mais de 100 países” afirma o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
No ranking dos principais produtos exportados, o complexo cafeeiro passou a ocupar o primeiro lugar na pauta de exportação, gerando US$ 635,9 milhões de dólares (44,09% do total), seguido por celulose, com US$ 583,3 milhões de dólares (40,44% do total), e pimenta-do-reino, com US$ 114,1 milhões de dólares (7,93% do total).
“No ano passado, a celulose foi o principal produto exportado pelo agronegócio capixaba, correspondendo a 40,53% do valor das exportações. Durante os meses de janeiro a agosto de 2023, a celulose se manteve em primeiro lugar, mas, no acumulado no ano considerando de janeiro a setembro, o complexo cafeeiro passou a ocupar o primeiro lugar, impulsionado pelo café conilon, que teve 2,2 milhões de sacas exportadas somente nesses nove meses do ano, um crescimento de 83% se comparado a todo o ano de 2022, quando foram exportados 1,2 milhão de sacas de café conilon”, complementa Bergoli.
De janeiro a setembro, o volume de café conilon exportado representou 71,33% do complexo cafeeiro, o café arábica 16,94% e o equivalente em solúvel 11,73%, de acordo com dados da Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV).
O Espírito Santo foi o estado brasileiro maior exportador de pimenta-do-reino, mamão e gengibre, além do terceiro colocado na comercialização do complexo cafeeiro, envolvendo café cru em grãos, solúvel e torrado/moído.
A Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), por meio da Gerência de Dados e Análises (GDN/SEAG), realiza mensalmente um levantamento detalhado das exportações do agronegócio capixaba, a partir dos dados originais do Agrostat/Mapa e do Comexstat/MDIC.
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