Marataízes, para não sair do roteiro, desde sua criação como município continua sua saga permanente de disputa política.
A próxima eleição é sempre a pauta e, em quase todos os mandatos, essa disputa é uma constante ininterrupta.
Se por um lado isto leva a ideia de que a cena política está em evolução, por outro mostra que a disputa é travada desde sempre por interesses dos mesmos grupos políticos, praticamente sem o surgimento de novas lideranças.
2024 é logo ali, mas, seguindo o roteiro, o cenário se repete e a política local se funde com as disputas nos meios judiciais.
O atual prefeito, Tininho Batista, enfrenta um levante dentro da Câmara de Vereadores. O embate desta vez originou em uma Comissão Processante (CP), que ameaça a conclusão de seu mandato.
Depois de conseguir por via judicial suspender os trabalhos da CP, nesta última semana o caso sofreu uma nova reviravolta, com o juiz da Comarca autorizando a retomada dos trabalhos, baseados em uma denúncia de que o prefeito descumpriu o que diz a Lei Orgânica ao não prestar contas de sua administração na Câmara.
O prefeito, em suas manifestações, acusa interesses de grupos opositores de estar por trás do movimento. Antes de conseguir a suspensão dos trabalhos, o advogado que o representa na CP foi até a tribuna da Câmara e, com documentos, mostrou que as prestações de contas foram feitas de forma regular, fato que levou a interrupção dos trabalhos.
Em seguida, o mesmo magistrado, após contestação do jurídico da Câmara, revogou a cautelar concedida e mandou a câmara dar prosseguimento ao processo legislativo contra o prefeito.
Os vereadores que compõem a Comissão comemoraram a decisão, mas não se pronunciaram quanto a decisão, mas disseram que em breve, dentro do prazo estipulado, colocarão o relatório em votação.
Por outro lado, analistas da situação garantem que, o tempo em que os trabalhos ficaram suspensos favoreceram Tininho, teve mais tempo para tentar reconquistar alguns dos vereadores que tinham debandado de sua base (a conferir).
Mesmo sem retorno de nossos questionamentos feitos à assessoria do prefeito, podemos apostar que a Justiça certamente continuará sendo o campo que esta nova batalha será travada, com recursos em instâncias superiores. Aguardemos os próximos capítulos.