Em mais uma sessão bastante concorrida e, por que não dizer, tumultuada, a Câmara de Vereadores de Marataízes se reuniu nesta terça-feira, 2, para deliberar sobre assuntos que há 15 dias tem tomando o noticiário político local.
Envolta com a instalação de uma Comissão Processante (CP) contra o prefeito Robertino Batista, que foi denunciado por não prestar contas de sua administração conforme reza na Lei Orgânica do Município, os vereadores fizeram ajustes na composição dos integrantes que foram escolhidos para tocar o processo.
Depois de muita discussão no plenário, a composição da CP ficou definida da seguinte forma: o vereador Anderson Pedreiro ficará com a presidência, enquanto Luís de Almeida ocupará a relatoria e o vereador Isaac Brandão completará a comissão como membro.
Centenas de pessoas se aglomeraram do lado de fora da Câmara, já que a entrada no salão de reuniões foi limitada a pouco mais de 60 pessoas, por determinação do presidente Willian Duarte, que justificou a medida como sendo necessária para que os trabalhos fossem realizados sem maiores atropelos. O público que foi até a Câmara protestou, pois até a porta que dá acesso ao salão foi trancada por funcionários da Câmara.
Nas redes sociais também houve muitos protestos contra a decisão do presidente. Outros também usaram as redes para criticar a CP, dizendo que a instalação da mesma se dá por questões políticas e com isto, vários projetos de interesses públicos estão deixando de entrar em pauta ou, quando entram, não estão merecendo, por parte dos vereadores, a atenção devida.
Com a definição do objeto a ser investigado e a definição dos componentes da CP, o passo seguinte será definir o rito de trabalho para os vereadores. Há a possibilidade de que na manhã desta quarta-feira (3), aconteça a primeira reunião da CP, que regimentalmente terá 90 dias para ouvir as partes e concluir o processo.