O Brasil aumentará os esforços para remover o restante dos garimpeiros de terras indígenas após um ataque a tiros por invasores que matou um indígena Yanomami e deixou outros dois gravemente feridos, disse o Ministério dos Povos Indígenas neste domingo.
Uma delegação interministerial está a caminho de Roraima para "reforçar ainda mais as ações de remoção de criminosos", informou o ministério no Twitter.
Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o cargo em janeiro, seu governo anunciou ações para remover milhares de garimpeiros ilegais da maior reserva indígena do país, no norte do Brasil.
No entanto, "ainda são necessárias muitas ações coordenadas", disse o ministério, observando que solicitou apoio do Ministério da Justiça para investigar o tiroteio.
A Polícia Federal disse em nota que sabia que indígenas teriam entrado em confronto com garimpeiros no sábado. As autoridades estão trabalhando para identificar, localizar e prender os responsáveis pelos crimes, acrescentou.
O povo Yanomami, estimado em cerca de 28.000, enfrenta uma crise humanitária, incluindo doenças, abuso sexual e violência, devido à invasão de mais de 20.000 garimpeiros em sua região, levando a desnutrição e mortes.
O governo Lula declarou emergência médica para os Yanomamis no início deste ano e prometeu tolerância zero para a mineração em terras indígenas protegidas pela Constituição do Brasil.