
O vereador fez acusações à maioria dos vereadores e agora terá que enfrentar a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, correndo o risco de ter o mandato cassado
Uma entrevista concedida em 14 de março pelo vereador Léo Camargo (PL), pode ensejar a cassação de seu mandato parlamentar na Câmara de Cachoeiro.
De acordo com o vereador, os demais vereadores teriam sido beneficiados com cargos na prefeitura em troca de apoio político.
A fala do vereador, após vir à público, acabou gerando protestos de seus pares que deram entrada na Corregedoria da Câmara.
Com a abertura do processo disciplinar, Léo Camargo, dentro do processo legal, terá prazos para comprovar o que falou, apontando as ditas vantagens auferidas pelos outros vereadores.
Na ocasião da entrevista, o vereador afirmou: “Eu não posso ver 92 cargos sendo criados para dar para políticos, para comprar votos, aliás, 97 para dar somente para vereadores. Porque os vereadores lá abocanharam um ‘cado’ dessas vagas. Eu não posso ficar omisso, não posso ser conivente”.
A situação, se por um lado é um complicador para o acusador, por outro ele insiste, de forma enviesada,
O presidente Braz Zagotto poderá instalar a comissão nos próximos dias. O corregedor da Casa, vereador Marcelino Fávero (PL), disse que após o tema ser levado à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, formada por três vereadores, para avaliação da situação. Dependendo desta avaliação, uma punição será indicada e levada ao plenário para decisão, inclusive com a cassação do mandato.
Um parecer emitido pela Corregedoria impede a participação de dois outros vereadores como integrantes da comissão – Ary Correa e Adriano Verediano – pois os mesmos participaram do podcast de Leo Camargo.
O jornalista Leandro Moreira, que trouxe o caso para mídia, tentou contato com o vereador Léo Camargo, mas ele informou que não poderia falar sobre o assunto no momento, por estar na igreja e não deu mais detalhes sobre o imbróglio.

