Prefeitura autoriza remoção de macrófitas na Lagoa de Guannandy

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O prefeito Dr. Antônio Rocha autorizou o início da remoção das macrófitas que tomaram todo leito da Lagoa de Guannandy

O Município de Itapemirim realizou nesta quarta-feira (16), a solenidade de assinatura da Ordem de Serviço para “Remoção de Macrófitas na Lagoa Guannandy”, conhecida popularmente como “lagoa das sete pontas”, localizada no Gomes.  Com maquinário específico e pessoal qualificado em remoção de vegetação aquática, a empresa contratada, LF Ambiental LTDA deve realizar, no prazo de 30 dias, o recolhimento da vegetação dentro da lagoa e sua mobilização até as margens, uma área total de 695 mil m2. 

O serviço vai custar aos cofres públicos o total de R$ 240.790,00 (duzentos e quarenta mil, setecentos e noventa reais). 

O evento realizado no auditório da Prefeitura contou com a presença do Prefeito de Itapemirim, Dr. Antônio da Rocha Sales; o Vice-prefeito, Fábio dos Santos Pereira; os vereadores Erasto da Costa Rocha, Estevão Silva Machado e Renildo Nascimento Peçanha; a Secretária de Meio Ambiente, Kamila Ladeira; o representante da empresa LF Ambiental, Átila de Andrade Filho; além de moradores do Gomes, e servidores da municipalidade. 

O material acumulado será retirado, devolvendo a balneabilidade ao local

O representante da empresa enfatizou que o maquinário chegou e que o trabalho já começa hoje na Lagoa.  “Esse tipo de vegetação, que é nativa daqui, requer um trabalho diferenciado, quase manual. Como ela se reproduz facilmente temos que tirar 100% dela”, destacou Átila de Andrade Filho. A Secretária de Meio Ambiente agradeceu a comunidade por inúmeras vezes fazer limpeza na lagoa, e destacou que será implantado um serviço continuo na lagoa, para evitar que a mesma chegue nas condições atuais. “Em nome do Sr. Noel, que está aqui presente, agradeço demais moradores que cuidam da nossa lagoa. Vamos continuar zelando pelo meio ambiente, para que possamos deixar esse patrimônio para as próximas gerações”, frisou Kamila Ladeira. 

O Prefeito de Itapemirim enfatizou que o Município está empenhado para cuidar do meio ambiente, e destacou que não importa quanto tempo a lagoa está esperando por esse serviço, o que interessa é que hoje a Prefeitura está dando um importante passo. “Não olho para retrovisor, é daqui para a frente. E os moradores do Gomes podem ter a certeza que a nossa administração está cuidando, e continuará olhando pela nossa Lagoa,” destacou Dr. Antônio Rocha.  Fábio Dagata enfatizou que a preocupação com a Lagoa começou antes mesmo de serem prefeito e vice. “Muitas das vezes eu e o Dr. Antônio Rocha conversamos sobre a Guannady, e hoje estamos aqui concretizando este primeiro passo visando o cuidado com a lagoa.” 

Os vereadores Erasto da Costa Rocha, Estevão Silva Machado e Renildo Nascimento Peçanha também fizeram suas manifestações. Erasto parabenizou o Município pelo trabalho, e pela Ordem de Serviço Assinada. Estevão destacou a importância de transformar a lagoa em um parque ecológico municipal, visando garantir a preservação do local. E Renildo enfatizou sua alegria em ver o Município cuidando do Meio Ambiente justamente no momento em que o mundo todo está com os olhos voltados para a COP 27. 

MACRÓFITAS.

Esquema da distribuição de algumas macrófitas em um ambiente aquático. Fonte: http://www.ufscar.br/~probio/info_macrof.html

Macrófitas pode-se explicar por um grupo diverso de vegetais, visíveis a olho nu, que habitam desde brejos até ambientes verdadeiramente aquáticos. Possuem suas partes fotossintéticas permanentemente ou periodicamente (várias semanas ou diversos meses no ano) total ou parcialmente submersas na água ou ainda flutuantes na mesma. Esse grupo inclui desde macroalgas até plantas com folhas que podem atingir 2,5 m de diâmetro e suportar até 40Kg bem distribuídos (não, não aguenta um homem), como a gloriosa Vitória-régia (Victoria amazonica). Dada essa tamanha variedade de espécies presentes no grupo, essas plantas são classificadas quanto ao seu tipo biológico, simplificando, onde podem ser encontradas.

Sabendo mais sobre as Macrófitas

Dado a tamanha variedade de tipos e habitats que estão bem adaptadas a viver. Muitas possuem suas raízes fixas no sedimento e suas folhas e flores parcialmente fora d’água (emersas), como a taboa (Typha domingensis), o capim navalha (Cladium jamaicenseFuirena umbellata), o junco (Eleocharis sp.) e o papiro (Cyperus giganteus). Outras mantêm suas folhas flutuando, o que as tornam particularmente as minhas preferidas, como a vitória-régia (Victoria amazonica), o lírio d’água (Nymphaea sp.) e a lagartixa (Nymphoides sp.). Tem as que vivem submersas, sendo elas livres, como o lodo (Utricularia sp. e Ceratophyllum sp.) ou fixas no sedimento, como o musgo d’água (Mayaca fluviatilis) e o lodinho branco (Elodea sp.). Por último, mas não menos importante, as flutuantes, que são representadas pelo aguapé ou também conhecida no pantanal como camalote (Eichhornia sp.), pela orelha-de-onça (Salvinia sp.) e o famoso alface d’água (Pistia stratiotes). O grupo das macrófitas anfíbias não aparece no esquema porque não são consideradas aquáticas no sentido restrito, tolerando tanto períodos secos e de cheia (p.ex. Mimosa, Florzeiro).

Dependendo da condição do habitat, tem espécies que se apresentam em um determinado forma e mudam conforme o habitat muda, por exemplo, o Echinodorus tenellus (erva do pântano), pode ser encontrado na forma submersa em nível d’água alto ou emerso em nível baixo. Já a Eichhornia azurea (aguapé) varia de forma de acordo com a idade. Quando jovem é uma submersa fixa, mas quando adulta torna-se emersa ou de folha flutuante, dependendo da classificação adotada.

No geral, são encontradas por volta de 90 espécies.

As macrófitas aquáticas são de extrema importância para o funcionamento e manutenção dos ecossistemas aquáticos, sendo fonte de matéria orgânica, influenciando na ciclagem de nutrientes, fornecendo alimento, abrigo e local de reprodução para fauna, poderia continuar listando por um bom tempo.  Além de toda essa importância ecológica e do fato de nos proporcionar tamanha beleza, são ainda de grande interesse para nós visto que muitas espécies são utilizadas para fins medicinaisartesanatoornamentaçãoadubaçãotratamento de efluentesaquariofilia e na alimentação. Contudo, podem se tornar uma praga devido ao seu rápido crescimento, causando enormes prejuízos. Uma vez eu li uma frase no livro do Arnildo Pott, de Plantas Aquáticas do Pantanal, a qual eu gostei muito, que dizia assim: “Invasoras aquáticas são sintomas de problemas ambientais e muito raramente a sua causa”.

Algumas macrófitas e produtos feitos delas.

 

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