Nos últimos dias uma notícia circulou, ganhando destaque nas redes sociais, com a informação de que um pescador, em Itapemirim, havia morrido vítima de contaminação pela ‘febre maculosa’, doença adquirida por contato com o carrapato.
No total, seis cinco casos foram notificados, sendo que três foram confirmados (inclusive o da vítima fatal) e os outros descartados com a negativação dos testes de laboratório.
Os dois sobreviventes – um homem e uma mulher – seguem internados na UTI do Hospital Evangélico Litoral Sul, em Itapemirim.
Chegou a ser levantado a hipótese de a contaminação se deu após as vítimas terem comido carne de caça. Porém, a prefeitura de Itapemirim declarou que a carne foi enviada ao Lacen (Laboratório Central) para análise. Porém, a Vigilância Epidemiológica ressaltou que é pouco provável que o consumo da carne transmita a febre maculosa, já que a doença é transmitida pelo carrapato contaminado com a bactéria, não pela ingestão.
Os relatos dão conta que a contaminação ocorreu em um ponto da comunidade de Rio Muqui, área rural do município, onde duas das vítimas pescavam.
A Secretaria de Saúde de Itapemirim, com apoio da Secretaria Estadual de Saúde (SESA), investigam o caso. Uma varredura, com coleta de material está sendo feita para realização de pesquisas entomológica na área onde residem os pacientes e no local onde foi feita a pescaria.
A equipe, desde o conhecimento do caso, vem fazendo visitas diárias para acompanhamento.
ESCOLAS
Na sexta-feira (30), uma equipe da Secretaria de Saúde se reunirá com os pais dos alunos de Rio Muqui, para informar sobre a transmissão e evolução da doença. A Secretaria de Saúde ressalta que até o presente momento não há motivo para suspensão das aulas.
FEBRE MACULOSA
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A Febre Maculosa é transmitida através da picada de carrapato contaminado pela bactéria do gênero Rickettsia.