Trabalhadores do metrô de Londres pedem ajuste salarial
O transporte público no Reino Unido foi afetado neste sábado (20) por um novo dia de greves, após as mobilizações do setor ferroviário na quinta-feira (18) e do metrô de Londres na sexta (19), para protestar contra a alta inflação.
Em plenas férias escolares, neste sábado deve circular apenas um trem em cada cinco no país, em decorrência da greve convocada pelos sindicatos Rail, Maritime and Transport (RMT); Transport Salaried Staffs Association (TSSA) e Unite, que exigem um aumento salarial para enfrentar o custo de vida.
As negociações com o grande número de operadores ferroviários privados no país estão paralisadas. O ministro dos Transportes, Grant Shapps, acusado de bloquear a situação, culpou os sindicatos por se recusarem a aceitar reformas para modernizar o setor e disse na sexta-feira que elas podem ser impostas pela força.
A greve deste sábado vai prejudicar especialmente o movimento de turistas, torcedores de futebol que querem ir ao estádio para ver os jogos e os que vão aos festivais de verão. O tráfego de trens também deve ser interrompido na manhã de domingo.
"Acho que o povo britânico está farto de ser enganado por este governo e empregadores britânicos, com empresas como BP e British Gas obtendo lucros enormes enquanto as pessoas lutam para ganhar a vida", disse Mick Lynch, secretário-geral do sindicato RMT da ferrovia, garantindo que o povo britânico apoia os grevistas.
Este é o maior movimento de greve em décadas contra a inflação, que em julho atingiu 10,1% ano a ano e pode ultrapassar 13% ano a ano em outubro.
No domingo, estivadores do porto de Felixstowe (leste), o maior porto de carga do país, iniciarão uma greve de oito dias, o que pode atrapalhar grande parte do tráfego de carga do Reino Unido.