A família de ambientalistas foi assassinada a tiros no Pará. Os motivos ainda são desconhecidos pela polícia (Foto: Reprodução)
Em mais um triste caso de assassinato de ativistas ambientais, três membros de uma família na região de São Félix do Xingu, no Sul do Pará, foram mortos a tiros. Conhecidos na região pela soltura de quelônios e por atividades de proteção ambiental, as vítimas moravam há mais de 20 anos na região. Segundo a polícia, o assassinato pode ter ocorrido há cerca de três dias, devido ao estágio avançado de decomposição dos corpos.
Os três corpos encontrados são de um homem conhecido como “Zé do lago”, sua esposa Márcia, e Joene, a filha menor de idade do casal.
O corpo de Márcia foi encontrado boiando às margens do Rio Xingu. Os corpos do pai e da filha foram encontrados às proximidades da casa da família. O crime chocou a população local pela crueldade.
O Brasil é o quarto país do mundo que mais mata ambientalistas, de acordo com relatório da ONG Global Witness. No ano de 2020, foram assassinadas 227 pessoas — uma média de quatro mortes por semana, de ativistas que tentavam defender seus territórios, o direito à terra, seus meios de subsistência e o meio ambiente.
A Polícia Civil do estado do Pará informou, em nota, que está apurando o crime: “A Polícia Civil comunica que uma equipe está realizando diligências na região para localizar os autores do triplo homicídio ocorrido na ilha da Cachoeira do Mucura, às margens do Rio Xingu, no município de São Félix do Xingu. A PC ressalta ainda que qualquer informação que auxilie no esclarecimento do fato, pode ser repassada via Disque-denúncia, 181”.